Mundo

Especialistas dizem que Taiwan está a desenvolver mísseis para reduzir vantagem militar chinesa

Desde que a presidente Tsai Ing-wen assumiu o cargo em 2016, Taiwan desenvolveu um conjunto de mísseis, aperfeiçoou outro e acelerou a produção de um terceiro, dizem os analistas, num sinal de como a Ilha Formosa está a lidar com a ameaça militar chinesa, aumentando as possibilidades de um confronto armado.

O presidente chinês Xi Jinping definiu uma linha dura contra os defensores da independência de Taiwan e enviou navios de guerra, bombardeiros e aviões de combate para exercícios ao largo da ilha, numa clara demonstração de força.

Enquanto Pequim apresenta uma vantagem militar cada vez mais avassaladora, os sistemas de mísseis de Taiwan aumentam a possibilidade de conter a China numa guerra assimétrica, disse Alexander Huang, professor de estudos estratégicos da Universidade Tamkang, em Taiwan. O termo refere-se à resistência efetiva de um inimigo com poder de fogo direcionado.

“Taiwan, com recursos limitados, só pode investir na área que criaria algum tipo de vantagem assimétrica, o que dissuadiria os chineses de agir”, disse Huang. “O presidente Tsai comprometeu-se mais ou pelo menos expressou vontade de investir mais na capacidade assimétrica”, acrescentou.

Os dois lados foram governados separadamente desde a guerra civil chinesa dos anos 1940 e a China ainda reivindica soberania sobre Taiwan.

Pequim não descartou o uso da força para unificar os lados, confrontada com a contínua recusa do presidente de Taiwan à exigência chinesa.

Os mísseis Hsiung Feng IIE, construídos em Taiwan, podem atingir bases militares na China, até 1.500 quilómetros de distância, disse David An, especialista do Global Taiwan Institute, em Washington, Estados Unidos.

Estes mísseis também passaram por uma “atualização substancial” no ano passado para aumentar sua eficiência contra navios, disse An.

Enquanto isso, Taiwan intensificou a produção dos mísseis de cruzeiro Wan Chien, referiu An.

Já o sistema Tien Kung pode agora intercetar mísseis chineses em distâncias até 200 quilómetros, acrescentou.

Em destaque

Subir