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Espanha: Supremo trava coligação que é “braço da ETA”

Supremo Tribunal de Espanha trava intenções da Bildu, coligação que pretendia candidatar-se às eleições regionais. Segundo o Ministério Público, esta candidatura não passava de uma estratégia da ETA. Os membros da Bildu demarcam-se da organização terrorista e consideram o processo “absurdo”. A decisão dos magistrados é passível de recurso.

A coligação basca Bildu foi impedida de participar nas eleições regionais que decorrem no próximo dia 22. A maioria dos magistrados entende que este movimento de esquerda independentista não é mais do que um braço da ETA e que se apresentava a sufrágio com outros objetivos.

A decisão foi tomada no domingo, após 12 horas de discussão. De um total de 16 magistrados, nove votaram a favor do bloqueio, seis votaram contra e um absteve-se. Hoje será conhecido o acórdão da decisão.

A Bildu é uma coligação que reúne diversos partidos bascos, que defendem a independência. Surge depois de ter sido bloqueada outra coligação, denominada “Sortu”. Ambas são considerados braços da ETA, uma organização de carácter terrorista, reprovada pela Organização das Nações Unidas e pela União Europeia.

O Governo espanhol teme que a organização esteja a tentar fortalecer os seus braços políticos através de coligações camufladas. No entanto, a Bildu – que rejeita “de forma expressa” a violência da ETA” – afirma que “não tem a mais pequena dúvida” de que estará nas eleições, considerando que esta decisão “é absurda”.

Em conferência de imprensa, alguns membros da coligação referem que não há “uma única razão, legal ou jurídica”, para impugnar as suas listas.

O Governo espanhol e o Ministério Público espanhol conseguem assim convencer os magistrados, ainda que a decisão do Supremo seja passível de recurso, para o Tribunal Constitucional. No total, são 254 candidaturas apresentadas pela coligação.

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