Hoje há mais uma das cimeiras ‘decisivas’ para o euro: os líderes de Alemanha, Espanha, França e Itália, as quatro maiores economias da União Europeia, estão reunidos em Roma para discutir o futuro da moeda única.

Adaptando o adágio, numa União todos são iguais, mas os mais ricos são mais iguais do que os outros. Esta tarde, os líderes das quatro maiores economias da União Europeia estão reunidos em Roma, onde preparam a Cimeira Europeia agendada para os dias 28 e 29. É um G4 à moda europeia, mas com a particularidade de, desta vez, serem três contra um.

A chanceler alemã, Angela Merkel, deverá ficar isolada na defesa da política de austeridade. O primeiro-ministro de Itália, Mário Monti, tem apelado à adoção de políticas de estímulo ao investimento e garante que, nesta reunião, vai ter o apoio do Presidente francês, François Hollande, e do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

Na reunião, a decorrer em Villa Madama, deve também ser abordada a hipótese do fundo de resgate do euro poder comprar dívida soberana, uma medida que muitos consideram essencial para evitar a crise atinja duas das maiores economias dos 27, nomeadamente a Itália e, sobretudo, a Espanha, numa altura em que a maioria dos ‘apostadores’ coloca as fichas num pedido de resgate pelo Governo de Rajoy.

Antes da reunião, o primeiro-ministro italiano deixou um alerta que já começa a ser habitual: este encontro do G4 é decisivo para o futuro da moeda única e, sem decisões concretas, o euro continuará a ser alvo de ataques por parte dos mercados.