A Espanha quer 19 anos e meio de cadeia para Iñaki Urdangarin, o cunhado do Rei, pelos crimes cometidos no âmbito do caso Nóos. A acusação ilibou a esposa de Iñaki e irmã de Felipe VI, a infanta Cristina, mas pede 16 anos e meio de prisão para o antigo sócio do duque de Palma.
Já é conhecida a acusação final sobre Iñaki Urdangarin, marido da infanta Cristina, a duquesa de Palma, e cunhado do Rei de Espanha, Felipe VI.
O procurador responsável pelo caso Nóos, que imputa a Iñaki Urdangarin vários crimes que lesaram as autoridades fiscais espanholas (como peculato, prevaricação, falsificação de documentos e fraude fiscal), pede uma pena de cadeia de 19 anos e meio e o pagamento de uma multa de 3,5 milhões de euros.
Para o arguido Diego Torres, o sócio do duque de Palma à data dos factos, a acusação apela a uma condenação de 16 anos e meio de prisão e um conjunto de multas a rondar os quatro milhões de euros.
O procurador ilibou, porém, a infanta Cristina. Embora as autoridades fiscais acreditem que a irmã do Rei se aproveitou de fundos obtidos pelo marido de forma ilícita, não foi conseguida a prova para sustentar a acusação.
Embora tenha escapado ao nível penal, a infanta pode ser condenada ao nível civil. A acusação exige uma multa, de quase 600 mil euros, por responsabilidade civil.
Sobre os restantes arguidos recai um pedido de indemnização, também por responsabilidade civil, a rondar os seis milhões de euros.
De acordo com a Europa Press, o despacho de acusação, hoje entregue ao juiz instrutor do caso Nóos, tem 673 páginas.
Segundo a generalidade da imprensa espanhola, o magistrado responsável pelo caso acusou 14 arguidos de crimes.
Se provadas em tribunal, as acusações podem resultar num total de penas de 103 anos de prisão efetiva.