Economia

Espanha e Portugal estão a ser “atacados pelos mercados”, defende Gurria

angel_gurria_ocdeAngel Gurria, secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), considera que Portugal e Espanha vão ser as “vítimas que se seguem” na fúria dos mercados. Os dois países não podem criar “falsas esperanças” na imediata superação da crise da Zona Euro.

Se acreditarem que a crise está ultrapassada, os países mais fracos da Zona Euro tornar-se-ão reféns dos mercados e serão os próximos a cair, no dominó que ameaça fazer tombar as economias mais débeis. “Portugal e Espanha estão a ser atacados pelos mercados”, realça.

Segundo defende Angel Gurria, estes dois países “serão as próximas vítimas”, caso mantenham “falsas esperanças” de que a crise na Zona Euro está superada. Sem capacidade de se financiarem nos mercados financeiros, os dois países ibéricos poderão necessitar de nova ajuda.

E nem uma reestruturação da dívida da Grécia poderá salvar Portugal e Espanha. “Enquanto os países da Zona Euro não superarem as suas dificuldades, Espanha e Portugal ficam reféns e tornam-se nas prováveis próximas vítimas dos mercados, que estão a atacar as economias mais fracas”, defendeu o secretário-geral da OCDE, em entrevista concedida ao jornal grego Handelszeitung.

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