Cultura

Escritor acusa Papa Francisco de silenciar pedofilia

Um jornalista e autor italiano acusa o Papa Francisco de, nos casos em que tal é possível, silenciar os escândalos de pedofilia. “Prefere o silêncio à verdade”, afirma Emiliano Fittipaldi, que veio a Portugal apresentar Luxúria, “a obra sobre o escândalo que abalou o Vaticano”.

Não é a primeira vez que Emiliano Fittipaldi escreve um livro polémico sobre a Igreja Católica, que também tem reagido com fortes críticas, como aconteceu a propósito da obra Avareza.

Agora, em Luxúria, o autor assegura que o Papa Francisco “prefere o silêncio à verdade” quando é confrontado com casos de pedofilia.

“O trabalho do jornalista é ver a diferença entre a realidade e aquilo que o poder conta através da propaganda”, explica Emiliano Fittipaldi: “O Papa é um dos poderosos deste mundo, mas como jornalista cabe-me avaliar a sua liderança. Em Avareza e Luxúria tento explicar os escândalos no Vaticano que ele não quis ou não conseguiu explicar. Quero alertar para o Vaticano e o Papa não fazem para acabar com a pedofilia”.

“A Igreja pobre que o Papa Francisco quer está ainda muito longe da realidade”, reforçou: “É importante que o jornalismo diferencie sempre as promessas da realidade”.

Com base “em documentos secretos do Vaticano”, Emiliano Fittipaldi cita vários escândalos de pedofilia que, alegadamente, foram encobertos pela Igreja. São denúncias que vai ter de provar em tribunal: tal como aconteceu como Avareza, Luxúria (ambos os títulos referem-se a pecados capitais) motivou a Santa Sé a processar o autor.

Em destaque

Subir