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Escolha de Elina Fraga é “imprudente” e “uma cedência ao populismo”, diz Marques Mendes

Marques Mendes comentou este domingo o Congresso do PSD sublinhando que a escolha de Elina Fraga como vice-presidente é uma decisão “imprudente” e uma “cedência ao populismo”, além de aconselhar Rui Rio a ser rápido na criação de uma alternativa e em fazer política a falar para as pessoas.

No dia que assinalou a tomada de posse de Rui Rio como novo presidente do PSD, Marques Mendes comentou as notícias que surgiram do congresso do partido.

No entender do antigo líder do PSD, a escolha da ex-bastonária da Ordem dos Advogados é uma “imprudência” que irá destabilizar Rui Rio, não pelo facto de ter estado contra o governo anterior, mas pela escolha representar uma “cedência ao populismo”.

Já no que diz respeito à restante lista eleita, Marques Mendes considera que Rio foi além das expectativas com escolhas de nomes “bons” que não são novos – David Justino, Morais Sarmento e Castro Almeida.

No seu espaço de comentário habitual, na SIC, Mendes prevê que o CDS tente “invadir” o mesmo espaço político, ao passo que o PCP e BE vão ficar incomodados com os possíveis acordos entre Rio e António Costa.

O PS, estima o comentador, não irá criticar muito o novo líder social-democrata, uma vez que “precisa dele para acordos de regime e pode precisar dele a seguir às eleições de 2019, se não tiver maioria e uma geringonça falhar”.

Marques Mendes sublinha que, caso Rio queira estabelecer esses acordos de regime com o governo, o deve fazer “já”.

Nesse sentido, é necessário que Rui Rio acelere o processo de criação de uma alternativa, uma vez que as eleições legislativas não tardam.

“Não pode repetir o que fez agora – estar um mês parado e calado. Isso pode ser fatal”, sublinha.

Por fim, o antigo líder considera que o congresso deste fim de semana marca o início de um novo ciclo no PSD, apontado como principais diferenças a postura de Rio em assumir-se como candidato a primeiro ministro; a maior preocupação social do partido, que deixa de estar mais localizado à direita; a mudança de discurso e, por fim, a mudança na forma de se fazer oposição.

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