A tragédia de Tondela serviu de base à nova denúncia da Quercus. De acordo com os ambientalistas, as placas de amianto nas escolas estão a ser substituídas por espuma de poliuretano, um material cancerígeno e altamente inflamável.
As placas de cobertura no edifício da associação de Vila Nova da Rainha (Tondela) que ardeu no sábado, provocando a morte de nove pessoas, eram de poliuretano, um derivado do petróleo.
“É um material de baixo custo e fácil aplicação, mas sem características de durabilidade e combustível, o que pode comprometer a segurança do edifício em caso de incêndio”.
Ao longo do tempo, o poliuretano vai-se degradando, libertando “gases tóxicos nocivos ao ambiente e à saúde”, alertou a Quercus.
Isto significa que há escolas em que as placas de amianto, “um material cancerígeno”, estão a ser substituídas por outro material cancerígeno e que, para agravar ainda mais o cenário, é altamente inflamável.
“Cada vez mais se assiste à utilização de materiais mais económicos na fase de construção de um edifício sem atender ao que realmente importa – o ciclo de vida”.
“O dono de obra, se constrói para vender, opta sempre por materiais mais económicos e menos duráveis”, insistiu a organização ambientalista, apontando mesmo o poliuretano como exemplo de “material de baixo custo e fácil aplicação”.
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