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Escolas já estão a identificar alunos sem acesso às aulas

As escolas estão desde o início da suspensão das atividades letivas presenciais, devido à pandemia covid-19, a identificar os alunos sem acesso à Internet nem computador em casa para acompanhar aulas à distância, anunciou o Ministério da Educação.

Sem conseguir ainda adiantar quantos alunos estão nesta situação, a tutela afirma em comunicado que está em processo um levantamento pormenorizado, para o qual conta com o apoio das próprias escolas, do número de estudantes sem acesso às aulas.

Desde a suspensão das atividades letivas presenciais em todos os estabelecimentos de ensino, em 16 de março, os alunos trocaram as salas de aula pelas suas casas e têm prosseguido os estudos à distância, através de conteúdos e plataformas digitais, mas nem todos têm como aceder aos materiais.

Enquanto é feito este levantamento, o Ministério da Educação está também a definir as melhores soluções, com o apoio de operadoras de telecomunicação e empresas de ‘hardware’, e a estabelecer prioridades na disponibilização de meios, tendo em conta a urgência e o grau de vulnerabilidade dos alunos.

Segundo a tutela, a prioridade é “garantir que todos os alunos estejam ligados à escola”, uma vez que as dificuldades de ligação têm implicações na participação dos alunos nas aulas e do seu aproveitamento escolar, mas representam também o isolamento das crianças desde logo mais vulneráveis.

Cerca de 5% das famílias com crianças até aos 15 anos não têm Internet em casa, segundo dados de 2019 do Instituto Nacional de Estatísticas, e um em cada cinco estudantes não tem computador em casa, segundo um estudo realizado na semana passada por Arlindo Ferreira, especialista em Estatísticas da Educação, que foi publicado na terça-feira no blog do Arlindo.

Esta situação em que alguns alunos se encontram impede realizar alguns dos trabalhos pedidos pelos professores durante a suspensão de aulas presenciais determinada pela pandemia de Covid-19, uma realidade que tem sido denunciada por pais, professores e diretores escolares.

Apesar dos problemas já detetados, todos são unânimes em considerar que o ensino à distância é, neste momento, a melhor solução.

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