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Erdogan condena sanções dos EUA e promete “suprir” necessidades da Venezuela

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan condenou hoje as sanções impostas pelos EUA contra Caracas e prometeu ajudar a “suprir a maioria das necessidades” da Venezuela.

“As restrições comerciais e as sanções unilaterais são algo erróneo, aprofundam as instabilidades (…) Não se pode castigar um povo inteiro para resolver desacordos políticos e sabe-se disso por experiências amargas do passado”, disse.

Recep Tayyip Erdogan, que chegou domingo à noite à Venezuela, falava durante um fórum de negócios bilaterais, em Caracas, durante o qual se prevê venham a ser assinados acordos superiores a por mais de 4 mil milhões de euros.

“Nós vamos cobrir a maioria das necessidades da Venezuela. Temos essa força, essa oportunidade, gostava de destacar esse facto”, disse Erdogan perante mais de 50 empresários turcos e 150 venezuelanos, dos setores público e privado.

O Presidente da Turquia sublinhou que “é preciso melhorar o ambiente de negócios para os empresários” e insistiu na importância de “continuar” com a cooperação entre os dois países que, prometeu, “não ficará apenas por palavras”.

“Queremos fortalecer o processo (de cooperação bilateral), que começámos em Istambul, em investimentos, energia, minaria, turismo, agricultura, transporte, saúde, educação e na segurança. Temos muitíssimo potencial para colaborar em todas estas áreas de negócios”, disse.

Por outro lado condenou o falhado atentado ocorrido em agosto contra o Presidente Nicolás Maduro, em Caracas, durante um ato com oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), sublinhando que foi “uma ameaça ao desejo de independência da Venezuela” e que a Turquia “não aceita essa conduta”.

Esta é a primeira visita do Presidente Recep Tayyip Erdogan à Venezuela, que em várias oportunidades tem manifestado apoio ao regime de Maduro.

Em finais de setembro, no âmbito da 73.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, o Presidente turco disse que “a Turquia não deixará Maduro sozinho”.

A Venezuela passa atualmente por uma crise política, económica e social que tem obrigou mais de 2 milhões de venezuelanos a abandonar o país.

A insegurança, alta inflação e baixos salários, escassez de alimentos e medicamentos, a falta de água, de gás, de eletricidade, de gasolina e a degradação das condições de vida são algumas das queixas frequentes dos venezuelanos.

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