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Epidemia de Ébola no leste da RDCongo provocou 181 mortos desde agosto

A epidemia de ébola no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) provocou 181 mortos desde que foi declarada em 01 de agosto deste ano até à passada quinta-feira, segundo registos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Na anterior atualização, em 28 de outubro, a OMS, em articulação com o Ministério da Saúde da RDCongo, 174 pessoas morreram em consequência do contágio, a maioria nas províncias de Norte Kivu e Ituri.

Os registos mantêm a tendência de crescimento das mortes em consequência do ébola na RDCongo, com predominância na faixa etárias dos 35 aos 44 anos nos homens e dos 15 aos 24 nas mulheres.

Em 07 de outubro, a estatística foi de 115 mortos, enquanto em 15 do mesmo mês o número reportado aumentou para 139 e para 155 uma semana depois.

Até à passada quinta-feira, o número de casos de contaminação com o vírus ébola aumentou também, fixando-se em 287, dos quais 252 confirmados e 35 prováveis.

Esta epidemia foi constatada em Mangina, nas províncias de Norte-Kivu e Ituri, alastrando até perto da fronteira com o Uganda, em Beni, região do grupo armado ADF, que multiplicou os ataques contra civis, o que complicou a resposta sanitária.

Nos últimos meses, a ONU inquietou-se com o risco de propagação da epidemia a Burundi, Uganda, Ruanda e Sudão do Sul e resolução do Conselho de Segurança apelou na semana passada a estes países africanos para reforçarem as capacidades operacionais para lutar contra a doença, em total cooperação com a OMS.

A RDCongo foi atingida nove vezes pela ébola, depois da primeira aparição em 1976 do vírus, que se transmite por contacto físico através de fluidos corporais infetados e que provoca febre hemorrágica.

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