O ministro da Administração Interna disse hoje que a partida dos 50 elementos da Força Especial de Bombeiros para combaterem os incêndios na Grécia está dependente do Mecanismo Europeu de Proteção Civil e das autoridades gregas.
“O que nós [Portugal] manifestámos foi a disponibilidade” para enviar estes meios operacionais “no Mecanismo Europeu, “é assim que funcionam as regras”, afirmou o ministro Eduardo Cabrita, em Alandroal (Évora).
Agora, “cabe ao Mecanismo Europeu e às autoridades gregas usá-lo ou não. Aquilo que eu manifestei já ao meu colega Nikos Toskas”, ministro da Ordem Pública da Grécia, “é toda a nossa solidariedade e disponibilidade”, realçou.
Eduardo Cabrita, que falava aos jornalistas depois de presidir à cerimónia de inauguração do Posto Territorial de Alandroal da GNR, acrescentou que cabe a essas autoridades gerirem “a necessidade e o tipo de apoio que é necessário, normalmente privilegiando apoios operacionais que estão mais próximos”.
Na terça-feira, o ministro anunciou o envio por parte de Portugal de 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) para ajudar a combater os incêndios na Grécia.
Na altura, Eduardo Cabrita adiantou que estes 50 elementos da FEB iriam partir para a Grécia até quarta-feira, depois de tratadas as questões logísticas.
Questionado hoje pelos jornalistas, o governante lembrou que Portugal, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, afirmou estar disponível para apoiar a Grécia e a Suécia, dois países que “estão a passar por momentos difíceis”, e que essa disponibilidade já foi destacada pela Comissão Europeia.
No caso da Suécia, disse, o que foi pedido a Portugal foram “meios aéreos”, os quais “foram imediatamente acionados” e “estão a agir”.
“Ainda ontem [quinta-feira] recebi imagens de dentro do próprio avião a reabastecer em lagos suecos. Estão a cumprir a sua missão” e “estarão lá enquanto as autoridades suecas entenderem necessário”, realçou.
O ministro da Administração Interna defendeu ainda que “os acontecimentos da última semana” ligados aos incêndios na Suécia e na Grécia demonstram que é necessário “o reforço da capacidade do Mecanismo Europeu de Proteção Civil”, tal como Portugal defende, a partir da “experiência de 2017”.
“Alguns países vinham manifestando algumas reservas à criação desse mecanismo reforçado”, mas estes incêndios “provam que a solidariedade europeia é essencial nesta como noutras matérias” e que tem de ser aprofundada, frisou.
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