Nas Notícias

“Entendimento partidário”, insiste Cavaco, mas sem “interesses pessoais” nem “crispação”

cavaco silvaO mais “importante” para “o futuro”, volta a insistir o Presidente da República, é que exista um “entendimento partidário”. O que Cavaco não explica é como se consegue esse acordo quando os “interesses particulares se sobrepõem” e se mantém “o nível de crispação”.

O Presidente da República tem dito e voltou hoje a afirmar: o “entendimento partidário” é “importante”.

“É tão importante para o futuro dos portugueses que é fundamental insistir”, frisou Cavaco Silva, quando falava com os jornalistas à margem da cerimónia de inauguração do edifício central do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).

Só que, apesar dos insistentes apelos para um acordo entre partidos, em especial os “chamado arco de governo”, parece que são mais os motivos para que ele não aconteça. O próprio chefe de Estado adiantou um: há políticos (sem referir nomes) que colocam os interesses pessoais acima do resto.

“Já uma vez escrevi e afirmei que é difícil mudar as atitudes dos partidos. Há uma história atrás de cada um deles, parecem existirem interesses particulares que se sobrepõem aos interesses nacionais”, afirmou Cavaco.

“Nós devemos não aceitar esta situação, eu não vou resignar-me”, garantiu ainda o Presidente, sustentando que, se PSD, CDS e PS tivessem aceite o acordo que Cavaco tentou patrocinar no ano passado, “o país estaria diferente, o país estaria melhor”.

Só que, “à última da hora e de forma inexplicável”, não houve o tão desejado “entendimento partidário”, recordou o chefe de Estado.

“Temos que continuar a trabalhar para que as tais idiossincrasias partidárias sejam rogadas para segundo plano e as atitudes sejam semelhantes aquelas que acontecem nos outros países da União Europeia”, agumentou.

Para isso é também necessário “reduzir a crispação” no diálogo entre as diversas forças partidárias, concluiu Cavaco Silva. É “importante” que todos os agentes políticos contribuam “para reduzir o nível de crispação, de tensão político-partidária e de agressividade de linguagem entre as diferentes forças políticas, porque nesse caso, agora e no futuro, será difícil entendimento”. 

Em destaque

Subir