Portugal foi o país da União Europeia com melhor progressão no ensino e na qualificação, na última década, avaliado na taxa de conclusão do 12.º ano de escolaridade e na frequência das universidades, segundo adianta a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Ana Maria Bettencourt. Um em cada três jovens com 20 anos atingiu o ensino superior. Metas estão, no entanto, aquém do desejado.

Portugal é o país da União Europeia (UE) com maior progressão, nos últimos 10 anos, no que diz respeito ao índice de frequência do 12.º ano de escolaridade. Segundo dados fornecidos pela presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Ana Maria Bettencourt, um terço dos jovens com 20 anos atinge mesmo o ensino superior.

Este indicador permite perceber que, nos últimos anos, Portugal conseguiu atingir a média dos países da UE, no que diz respeito à taxa de frequência das universidades. Estes dados relativos à qualificação da população jovem fazem parte do relatório que o CNE – um órgão consultivo que faz parte do Ministério da Educação – aprovou no passado mês de setembro, em plenário.

No entanto, refira-se, segundo Ana Maria Bettencourt, estes dados ainda estão aquém do desejado e das metas definidas para o ano de 2020. Para que o País cumpra os seus objetivos, a qualificação da população jovem terá de ser superior aos dados já alcançados.

O estudo sobre a qualificação dos portugueses serviu hoje de base à intervenção da presidente do CNE na abertura de uma conferência da Rede Europeia de Conselhos de Educação, em Lisboa, que contou com a presença da secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite.

O CNE tentará aplicar novas medidas que tentem captar o interesse de jovens pelo ensino, sobretudo aqueles que têm menos qualificações. Para o efeito, tem nos seus planos algumas parcerias com empresas, no sentido de adequar a procura de competências à formação disponível.