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Enfermeiros marcam greves para dias 14 e 21

enfermeirosOs enfermeiros vão voltar a parar, em protesto contra a “grave carência” de profissionais nas unidades do SNS. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses marcou duas greves, uma já no dia 14 e a seguinte no dia 21, depois do Governo não cumprir o que “propagandeou em junho”.

Em junho, recordou Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), “o Governo propagandeou” várias alterações ao estatuto dos enfermeiros ligados ao Serviço Nacional de Saúde. Como as promessas não foram cumpridas, continuou a sindicalista, em declarações à Lusa, a classe regressa à greve.

Assim, os enfermeiros vão parar no dia 14 e na sexta-feira seguinte, dia 21, à semelhança do protesto que realizaram em setembro.

Os principais motivos para esta dupla greve, segundo a sindicalista, são os cortes nas remunerações, a “grave carência” de enfermeiros nas unidades do SNS, a reposição das 35 horas de trabalho semanais e, um nível mais geral, a falta de dignificação da profissão e da carreira.

O comunicado do SEP a anunciar as greves também resume as queixas: “A proposta de Orçamento de Estado para 2015, contrariamente ao que estava inscrito no Documento de Estratégia Orçamental e que o Governo propagandeou em junho, não prevê normas que são exigências dos enfermeiros e do SEP, nomeadamente a progressão na carreira, o fim dos cortes salariais nas horas penosas e nas horas extraordinárias, reposição das 35 horas”.

Guadalupe Simões, citada pela Lusa, acusou o Ministério da Saúde de não cumprir os compromissos assumidos em processo negocial no que se refere à possibilidade do descongelamento do tempo de serviço para a progressão na carreira.

O SEP enviou aos vários grupos parlamentares e à comissão parlamentar da Saúde um documento com propostas de alteração à proposta de Orçamento de Estado para 2015, pedindo também uma reunião, acrescentou ainda a sindicalista.

As duas próximas greves repetem o ocorrido em setembro, quando os enfermeiros pararam ns dias 24 e 25, também em protesto contra a “grave carência” de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira de enfermagem.

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