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Enfermeiros aproveitam os cinco dias de greve para estudar os próximos protestos

enfermeirosA partir de hoje, os enfermeiros estão em greve às manhãs. Durante cinco dias, os profissionais paralisam, respondendo ao apelo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, contra a degradação das condições de trabalho e prometem estudar a “agudização das formas de luta”.

Hoje de manhã, os enfermeiros estiveram em greve. Amanhã, também estarão e assim será durante cinco dias. Convocada pelo Sindicato de Enfermeiros Portugueses (SEP), a paralisação tem por motivo a degradação das condições de trabalho, com realce para a redução do apoio financeiro ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), a precariedade da profissão, as horas extraordinárias não pagas e a passagem do regime de trabalho de 35 para 40 horas semanais.

Avizinha-se “um potencial drama para as populações e para o próprio SNS”, alertou o presidente do SEP, José Carlos Martins, numa conferência de imprensa em que antecipou a apresentação do Orçamento de Estado para 2014: “com menos dinheiro, a lógica do Ministério da Saúde vai ser manter a perspectiva de emagrecer o SNS”.

Esse emagrecimento terá, entre as muitas vítimas, os enfermeiros. Lembrando que “não há bons cuidados de saúde sem profissionais empenhados, envolvidos e motivados”, o sindicalista deixa uma garantia: “avizinham-se manifestações, greves e vigílias, mas tudo é possível de acordo com o que os enfermeiros decidirem”.

Os enfermeiros vão aproveitar a greve – cinco manhãs – para estar a “agudização das formas de luta”, caso a tutela não responda aos anseios dos profissionais. Hoje, a paralisação teve lugar nas unidades da Madeira, de Lisboa, de Santarém e de Setúbal. Até dia 22, a greve vai ocorrer nos restantes distritos, sempre com a realização de reuniões para decidir a forma dos próximos protestos.

O SEP não quer avançar com os números da paralisação, adiando para um balanço a realizar após a quinta e última manhã de greve.

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