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Enfermeiro terá matado 84 doentes por “tédio”: Injetava medicamentos para os poder ressuscitar

Um enfermeiro alemão foi condenado há dois anos pelo homicídio de dois pacientes, mas o número real das vítimas mortais pode chegar aos 84. Niels Hoegel, em prisão perpétua, procurava fugir ao “tédio” administrando medicamentos para o coração nos pacientes para os poder depois ressuscitar.

As suspeitas foram tornadas públicas pelas autoridades alemãs, que estudavam a hipótese do enfermeiro ter causado mais mortes do que as duas que lhe valeram a condenação à prisão perpétua, no julgamento realizado em 2015.

“A comissão de inquérito especial estabeleceu, no estado atual do inquérito, pelo menos 84 mortes”, adiantou Johann Kühme, o chefe da polícia de Oldenbourg, citado pela imprensa alemã.

Em 2015, Niels Hoegel foi condenado por dois homicídios e duas tentativas de homicídio, praticados enquanto exercia enfermagem numa clínica em Delmenhorst, no noroeste da Alemanha.

Desde então que os procuradores estudam a hipótese do número real de vítimas mortais ser bem superior. As 33 mortes imputadas ao enfermeiro em junho de 2016 subiram agora para 84 pacientes que terão sido vítimas de overdose de medicamentos.

“Este número é excecional, único, na história da República Federal”, apontou Arne Schmidt, que lidera a comissão de inquérito.

Durante o julgamento, Niels Hoegel explicou que sentia “tédio” no trabalho e por isso injetava medicamentos para o coração nos pacientes, com o intuito de os levar até ao limiar da morte e os poder ressuscitar.

“O suspeito não pode lembrar-se de todos os casos, mas em mais de 30 lembrou-se concretamente dos pacientes e do comportamento”, realçou Daniela Schiereck-Bohlemann, da Procuradoria-Geral de Oldenbourg.

As práticas criminosas de Niels Hoegel foram descobertas por um colega em 2005, quando o enfermeiro ia administrar uma injeção não prescrita a um paciente, numa clínica em Delmenhorst.

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