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Enfarte na mulher manifesta-se mais tarde e é mais letal

As mulheres têm o coração menor, as artérias coronárias mais estreitas e uma frequência cardíaca em repouso superior. A doença coronária manifesta-se na mulher 10 anos mais tarde do que nos homens, mas é mais letal. O alerta é do médico Pedro Farto e Abreu, coordenador nacional da iniciativa ‘Stent Save a Life – Não perca tempo, Salve uma Vida’

“O enfarte agudo do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando uma ou mais das artérias que irriga o coração ficam obstruídas, o que impede a passagem das quantidades de sangue e oxigénio necessárias ao normal desenvolvimento deste músculo”, explica o médico Pedro Farto e Abreu.

O especialista destaca o facto de o coração das mulheres ser menor, ter as artérias coronárias mais estreitas e uma frequência cardíaca em repouso superior.

Por outro lado, acrescenta, “os sintomas de enfarte na mulher também podem ser diferentes”.

“Muitas vezes, a conjugação de dor no peito associada à dor no braço e maxilares não está tão presente, e o enfarte pode manifestar-se com náuseas, vómitos e dor na zona do estômago. De um modo geral, a não associação aos sintomas mais típicos de enfarte leva a que a procura por ajuda médica seja mais tardia, o que tem efeitos na eficácia do tratamento e consequentemente na evolução clínica imediata e futura”, revela Pedro Farto e Abreu.

Na presença destes sintomas, “é importante ligar imediatamente para o 112 e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte”.

“A pessoa deve evitar tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios”.

Também existem diferenças entre os fatores de risco nos homens e nas mulheres: “Em geral, a doença coronária manifesta-se na mulher 10 anos mais tarde do que nos homens”.

“As mulheres após menopausa, hipertensas, diabéticas, ou obesas têm maior risco de enfarte com aumento da mortalidade. Também as mais jovens, que sejam fumadoras e que ao mesmo tempo façam contraceção hormonal, têm mais precocemente risco acrescido de enfarte”, adverte.

Apesar das diferenças entre os sintomas e os fatores de risco, entre homens e mulheres, “a prevenção deve ser a mesma: praticar exercício físico, não fumar, ter uma alimentação saudável e consultar um médico regularmente”.

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