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Energia nuclear: Mais um aviso para a revolução energética

Energia nuclear volta à agenda mediática, após o desastre em Fukushima. Kumi Naidoo, ativista sul-africano e diretor-executivo da Greenpeace, defende uma “revolução energética” para combater dramas como os que se vivem no Japão.

A necessidade da energia nuclear é posta em causa por Kumi Naidoo, por não ser “segura”, nem sequer “necessária”. O ativista revela ainda que a Greenpeace e o Conselho Europeu de Energias Renováveis desenvolveram um estudo, chamado ‘Energy (R)evolution’, que prova que a “energia limpa é mais barata, mais saudável” e amiga do amiga do ambiente.

Esse estudo determina o encerramento das centrais nucleares “e uma moratória para a construção de novos reatores comerciais”. Num artigo de opinião publicado do jornal Estadão, Kumi Naidoo lamenta que “doze dias não tenham sido suficientes para compreender a magnitude das catástrofes que se abateram sobre o Japão”.

No entanto, este desastre não trava novos investimentos na energia nuclear, por parte de “governos de todo mundo”. Naidoo sente “raiva” porque o governo de África do Sul aumentou “9,6 mil megawatts de energia nuclear a seu novo plano energético”.

O diretor-executivo do Greenpeace desmente os argumentos segundo os quais a energia nuclear é segura e um “elemento fundamental de um futuro com baixas emissões de carbono”.

Para Kumi Naidoo, a aposta na energia nuclear “será sempre vulnerável a erros humanos, desastres naturais, falhas de projetos ou ataques terroristas”. E a melhor prova deste facto está à vista, com o desastre de Fukushima, que revela “falhas dos sistemas”.

Os perigos da aposta nesta energia são exposição à radiação, que provocam “mutações genéticas, defeitos de nascença, cancro e distúrbios nos sistemas reprodutivo, imunológico, cardiovascular”, entre outros.

Valerá a pena continuar a apostar nesta energia? O mundo não aprendeu com Chernobyl e, aparentemente, vai esquecer Fukushima, porque a indústria nuclear transmite a ideia de segurança desta opção. Mas, lembra Naidoo, a Agência Internacional de Energia Atómica registou 800 outros incidentes.

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