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Encyclopaedia Britannica abandona edição em papel e vai ter acesso livre

244 anos depois, a Encyclopaedia Britannica deixa de ser impressa em papel e adota o formato digital, com acesso livre pela Internet. A emblemática enciclopédia, que nasceu em Edimburgo, em 1768, pretende alargar o seu público. O presidente Jorge Cauz garante que a estratégia da Britannica não foi determinada pelos produtos do género, lançados pela Wikipedia e pela Google.

A Encyclopaedia Britannica foi impressa pela primeira vez em Edimburgo, no ano de 1768. Ao longo de 244 anos, chegou a milhões de leitores, que na edição em papel colheram conhecimento. Agora, deixará de estar disponível, a partir do momento em que o ‘stock’ existente esgotar.

A empresa que comercializa a Encyclopaedia Britannica passará a oferecer apenas versões digitais, medida que fora prevista há algum tempo, por razões estratégicas que não se prendem com as apostas da Wikipedia e da Google, que passaram a disponibilizar produto idêntico.

“Esta opção não tem nada que ver com a decisão da Wikipedia ou da Google: a razão está relacionada com a decisão da empresa, que passou a comercializar os seus produtos em formato digital, e não em papel, para um grande número de pessoas. Além de que as vendas de enciclopédias impressas foram insignificantes, nos últimos anos”, garante o presidente da Encyclopaedia Britannica Inc, Jorge Cauz.

A Encyclopaedia Britannica foi criada há 244 anos e desde então foi construindo uma marca de prestígio. Em 1990, o melhor ano da sua história em termos de vendas, atingiu 120 mil exemplares vendidos. No entanto, a procura foi desvanecendo e em 1996 já só se venderam 40 mil enciclopédias.

Para contrariar essa tendência, a empresa proprietária da enciclopédia passou a explorar a venda da publicação dos anos 70 em formato digital. Em 1989, lançou um cd com essa cópia. Ainda existem exemplares em papel, à venda no site da Britannica, a um preço que ronda os 1600 euros. São peças em extinção.

O fim da versão impressa vai dar lugar ao acesso livre, através do site da Britannica, disponível durante uma semana, a partir de terça-feira. As versões online da enciclopédia vão chegar a mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo perspetivam os responsáveis, que vão apostar nos dispositivos móveis.

A edição online será atualizada de forma repetida e promete reavivar a Encyclopaedia Britannica: “Não foi o facto de ser uma edição impressa que transformou a Britannica naquilo que ela é hoje”, realça Jorge Cauz, que destaca a difusão do conhecimento que esta estratégia permitirá.

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