Através de uma análise ao ADN, Steve Horvath, investigador na Universidade da Califórnia (EUA), conseguiu encontrar uma espécie de relógio biológico, que permite calcular a idade dos tecidos e dos órgãos do corpo humano, abrindo portas à perceção do processo de envelhecimento.
E ao perceber este processo, a comunidade científica poderá controlá-lo, abrandá-lo, não numa perspetiva de elixir da juventude, mas para melhorar a saúde e a qualidade de vida.
Steve Horvath percebeu, neste estudo ao ADN, que os tecidos e órgãos do corpo humano não envelhecem ao mesmo ritmo. No caso de uma criança que padecia de um tumor cerebral, por exemplo, Horvath notou que a sua idade biológica era de 80 anos, em números redondos.
Nos casos em que não existam doenças, também se verifica este ‘mau funcionamento’ do relógio biológico, que não faz coincidir o tempo de vida de igual modo, em todos os órgãos.
Nas mulheres, há um envelhecimento mais rápido dos tecidos mamários, comparativamente com o resto do corpo. E se houver um cancro da mama, os tecidos saudáveis que rodeiam o tumor são cerca de 12 anos mais velhos que o resto do corpo dessa paciente.
Ao perceber este relógio, Steve Horvath – que analisou mais de 8000 mostras de ADN – acredita ter feito uma “descoberta muito interessante”, no sentido do “desenvolvimento de intervenções terapêuticas para repor o relógio e manter-nos jovens”.
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