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Enchentes nas primeiras horas de votação, mas sem incidentes relevantes em Moçambique

Os eleitores dos 53 municípios moçambicanos estão a concentrar-se desde as primeiras horas da manhã, provocando enchentes nos locais de votação, anunciaram as autoridades.

“Esta abertura [das mesas de voto] foi caracterizada por enchentes na maioria das mesas de voto”, referiu o porta-voz do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Cláudio Langa, numa declaração difundida pela Televisão de Moçambique (TVM).

O canal de televisão privado STV mostrou a agitação à entrada de uma assembleia de voto em Nampula, principal cidade do norte do país, provocada pela desorganização de uma fila de eleitores.

Numa mesa de voto da Escola Amílcar Cabral, na cidade da Beira, o mesmo canal mostrava que às 09:17 (menos uma hora em Lisboa) a votação ainda não tinha começado, alegadamente por falta de uma urna, e a havia muitos eleitores à porta.

Apesar das multidões e de problemas localizados, o processo decorre sem incidentes relevantes, referiu o porta-voz do STAE.

A grande afluência durante as primeiras horas é habitual nas eleições em Moçambique.

Lucas Machava, 35 anos, disse à Lusa que chegou ao local de votação pelas 04:00, três horas antes da abertura “e já havia gente”.

“Vim votar cedo para poder atender a outros afazeres. Já votei e quero melhorar a vida do meu bairro”, referiu o residente no Bairro Hombua B, a 12 quilómetros da cidade de Chimoio, no centro do país.

Chandrinha Alberto, 35 anos, chegou ao local de votação pelas 05:00 e espera que o seu voto “traga água, ruas, energia, hospital e escola secundária”, referiu à Lusa.

Um total de 3.910.712 eleitores escolhem hoje os presidentes dos 53 conselhos autárquicos de Moçambique e respetivos membros das assembleias municipais, para as quintas eleições autárquicas na história do país.

Nas eleições municipais de 2013, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que governa o país desde a independência, em 1975, conquistou 49 dos 53 municípios e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) venceu em quatro, nas capitais provinciais de Beira, Nampula e Quelimane e na autarquia de Gurué.

Na altura, o principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) não concorreu às eleições, em discordância com a lei eleitoral e os órgãos eleitorais que essa legislação criou.

Desta vez, a Renamo participa na votação, depois de já ter participado e vencido a eleição intercalar de Nampula, principal cidade do norte do país, no início do ano.

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