O Governo do Qatar disse hoje que “não há qualquer chance” dos seus cidadãos participarem na peregrinação anual a Meca, na Arábia Saudita, devido ao encerramento da fronteira com este país.
Um funcionário do Governo, citado pela Agência France Presse (AFP), justificou a decisão com o encerramento da fronteira terrestre com a reino saudita, bem como com a ausência de voos diretos entre os dois países.
“O registo dos peregrinos do Estado de Qatar permanece fechado e os cidadãos não podem obter vistos porque não há missão diplomática em Riad”, acrescentou.
Em 2017, a Arábia Saudita e cinco dos seus aliados cortaram as relações diplomáticas com o Qatar e impuseram o encerramento das fronteiras terrestres, aéreas e marinhas, justificando a decisão com as ligações e apoio a grupos terroristas.
Cerca de dois milhões de peregrinos muçulmanos de todo o mundo iniciam hoje a “hajj”, a peregrinação anual a Meca.
Os primeiros fiéis já começaram a chegar a Meca, num dia marcado pelas temperaturas elevadas.
As autoridades locais, citadas pela AFP, já garantiram que estão preparadas para o evento que decorre até sexta-feira.
A “hajj” é um dos cinco pilares do Islão, sendo obrigatória, pelo menos uma vez na vida, para os muçulmanos aptos a realizarem a peregrinação.
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