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Empresas óticas aconselham óculos a crianças sem problemas de visão

crianca_oculosEspecialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia avisa que há crianças que usam óculos sem necessidade, vítimas de “técnicas agressivas de marketing” levadas a cabo por alguns oculistas. Augusto Magalhães alerta ainda para rastreios em escolas feitos por empresas sem credibilidade. O resultado é a presença nos oftalmologistas de crianças sem problemas óticos.

De acordo com um especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Augusto Magalhães, há crianças a quem é recomendado o uso de óculos sem que estas padeçam de qualquer problema o oftalmológico. A denúncia é feita em entrevista à agência Lusa, na qual Augusto Magalhães alerta ainda para rastreios realizados em estabelecimentos de ensino, sem que os diretores dessas escolas verifiquem a credibilidade das empresas que os fazem.

Como consequência, surgem cada vez mais crianças nos consultórios de oftalmologia, sem problemas de visão, mas a quem é recomendado o uso de óculos, por parte de oculistas e empresas de produtos oftalmológicos.

Augusto Magalhães, especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia e oftalmologista pediátrico, “alguns oculistas” de “técnicas de marketing agressivas”, responsáveis pela prescrição de óculos sem necessidade, em crianças com boa visão. Os pais levam-nas a consultas em virtude de resultados de rastreios realizados nas escolas.

Nesta entrevista à Lusa, Augusto Magalhães revela dificuldade em “entender como é que os diretores das escolas autorizam rastreios sem verificar a credibilidade da entidade que os faz”. De acordo com este especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, é possível a qualquer empresa que pretenda vender produtos óticos entrar nas escolas “autorizada a fazer um rastreio”, podendo aconselhar o uso de óculos por motivos economicistas e com naturais prejuízos para a saúde.

Por outro lado, existe a questão económica, já que estas técnicas de vendas de óculos a crianças provocam despesa nas famílias, que compram óculos absolutamente dispensáveis. Acresce que as óticas não dispõe de equipamentos que permitam escolher a graduação certa para cada caso de patologias oftalmológica.

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