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Empresas em falência: Redução dos preços dos genéricos criticada pela Apogen

Apogen receia que a nova descida dos preços dos medicamentos genéricos, que pode atingir os 20 por cento, atire para a falência diversas empresas. “Tudo tem limite”, avisa Paulo Lilaia, presidente daquela associação, em declarações à Lusa. “Há uma discriminação inaceitável sobre os genéricos”, acrescenta, numa alusão às regras que obrigam a estabelecer preços em paralelo com os fármacos de marca.

Os medicamentos genéricos vão ficar ainda mais baratos, de acordo com a revisão anual dos preços, o que constitui uma péssima notícia para algumas empresas do setor, que estão sem margem de manobra para lidar com preços inferiores.

A revisão dos preços de referência feita todos os anos vai levar a que os medicamentos de marca fiquem também mais baratos. E como os genéricos não podem custar mais de metade do que um fármaco de marca, esta realidade determinará uma quebra nos genéricos, estimada em 20 por cento dos valores agora praticados.

A partir de domingo, estima-se que a nova tabela de preços vigore, o que faz soar o alarme nas empresas. A Apogen – Associação Portuguesa dos Medicamentos Genéricos dá eco da preocupação no setor e avisa que a falência pode ser o destino de diversas empresas, que estão sem margem de manobra para enfrentar um cenário de nova descida de preços.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Lilaia realça que “tudo tem um limite”. Por outro, argumenta o presidente da Apogen, não é desta forma que se promove a poupança nos gastos com medicamentos, por parte dos utentes, uma vez que 80 por cento dos consumos são relativos a fármacos de marca, com os genéricos a deter uma quota de mercado muito reduzida.

Paulo Lilaia recorda que em 2010, no mês de junho, já se verificara uma “descida nos genéricos na ordem dos 40 por cento”. Novas quebras de preços implicam um eventual encerrar de portas de diversas empresas que estão a enfrentar dificuldades para reagir a estas determinações.

Ainda em declarações à Lusa, o presidente da Apogen fala em “discriminação sobre os medicamentos genéricos” que, segundo Paulo Lilaia, “não é aceitável”. A partir do próximo domingo reduzem-se os preços e criam-se novas dificuldades para os operadores de mercado.

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