Economia

Empresas do setor da restauração enfrentam mais falências a partir de maio

refeicaoO agravamento económico e a retração do consumo, associados ao aumento do IVA na restauração, estão a provocar falências em catadupa, nos restaurantes, de acordo com informação divulgada pelo Diário Económico, que cita dados da Coface. São 26 empresas por dia que fecham as portas, em média, desde o início de 2012.

Aquele periódico divulga dados da Coface relativos a 2012, que analisam o número de restaurantes que encerraram as portas, apontando um aumento de 143 por cento. O setor da restauração está a ser fustigado pela redução dos rendimentos das famílias, facto associado ao quadro fiscal, com o fim do imposto intermédio de IVA.

Com o agravamento financeiro das famílias, há uma redução de consumidores nos restaurantes. Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, afirma ao Económico que “no comércio e restaurantes as falências representam apenas 10 por cento do total de encerramentos”.

Há, paralelamente a este fenómeno, outro que suscita preocupação, que é o encerramento de restaurantes familiares, pequenos negócios que não aguentam a pressão da redução de clientes aliada ao aumento da carga fiscal. “Centenas, por mês, encerram as portas”, avisa o secretário-geral da Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP).

José Manuel Esteves salienta ainda que é previsível que haja maior ritmo de falências em maio, em virtude do pagamento de IVA das empresas relativo ao primeiro trimestre do ano. O efeito desta despesa pode suscitar novas falências no ramo da restauração.

Estes encerramentos de portas provocam danos para a economia, conforme destaca o líder da ARESP, que lembra as perdas para o Estado, no que diz respeito ao IVA, ao IRC e nos contributos para Taxa Social Única. A falência de uma empresa representa, por outro lado, um aumento do desemprego, o que também acarreta despesas para o Estado.

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