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Empresa Parque Expo: Governo anterior premiou, Assunção Cristas manda fechar

Ex-ministro Teixeira dos Santos distinguiu a Parque Expo, há um ano, com nota máxima de boas práticas de gestão. Agora, a mesma Parque Expo é fechada, por ordem da titular da pasta da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território. Assunção Cristas rotula a empresa de “mau exemplo, que não pode continuar”, com dívidas de 225 milhões de euros.

Em apenas um ano, a Parque Expo passa de galardoada por ‘Princípios de Bom Governo de 2010’ para espaço a encerrar, por ser um “mau exemplo”. As visões contrárias resultam de ministros com visões diferentes. De um lado, Teixeira dos Santos, que premiou a empresa. Do outro, Assunção Cristas, que decide encerrá-la.

Entre o rigor da boa gestão e o mau exemplo há um ato eleitoral e a necessidade acrescida de contenção de despesa. Neste ponto, Teixeira dos Santos e Assunção Cristas estão de acordo, já que, no relatório do Ministério das Finanças, recomendava-se que se reduzissem os gastos. Mais: a Parque Expo foi ajudada a renegociar algumas dívidas.

Segundo notícia o semanário Sol, esta empresa “não pode continuar” e vai ser desmantelada. Declarações de Assunção Cristas ao mesmo jornal aumentam polémica e colocam em causa o fim da empresa, que “foi acumulando competências para autojustificar a sua manutenção”.

Numa altura em que a nomeação do novo administrador iria ser determinada – Rolando Borges Martins terminou o mandato em 2010 e o Governo de Passos Coelho iria nomear um novo administrador – chega a decisão de pôr termo à empresa, com privatização do Pavilhão Atlântico, a manutenção do Oceanário (considerado “autossustentável”) e a concessão ou privatização da Marina do Parque das Nações.

Com dívidas de 225 milhões de euros, a Parque Expo – criada em 1993 para construir, explorar e desmantelar a Expo’98, convertendo a área envolvente – seria encerrada pelo executivo socialista, caso José Sócrates vencesse as eleições. O avolumar da despesa e as diretrizes da troika obrigariam qualquer executivo a encerrar as portas.

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