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Empresa da Linha Saúde 24 estranha “chamadas falsas” em dia de protesto

saude24linha saude 24A Linha Saúde24, cujos enfermeiros se manifestaram a 4 de janeiro, recebeu “um ataque” nesse dia, segundo a administração. Perante o invulgar número de chamadas falsas e anónimas, a empresa gestora quer “as autoridades judiciais” a investigar o caso.

A Linha Saúde 24 registou uma coincidência no dia 4: enquanto os enfermeiros fizeram greve, como protesto pela intenção da empresa gestora de reduzir os salários e a alegada pressão para obrigar os trabalhadores a aceitar ese acordo, o serviço recebeu um número invulgar de chamadas falsas e anónimas. A administração da empresa estranha a coincidência e considera ter sido alvo de “um ataque”.

Num comunicado citado pela Lusa, a empresa LCS anunciou que vai recorrer “às autoridades judiciais” para apurar a responsabilidade pelo “ataque” que provocou “tempos de espera anormalmente elevados”. No dia 4 de janeiro, de acordo com a mesma nota, o número de chamadas falsas e anónimas correspondeu a 15,7 por cento do total.

Perante “a gravidade da situação”, a administração da Linha Saúde 24 revela que vai promover as “medidas adequadas”, junto do Ministério da Saúde e das Ordens profissionais, para responsabilizar quem tenha cometido “eventual violação dos códigos deontológicos e de conduta profissional”.

“Serão igualmente desenvolvidas acções junto das autoridades judiciais para aferir as respetivas responsabilidades face a estes atos”, complementa o comunicado.

No dia 4 de janeiro, cerca de metade dos trabalhadores da Linha Saúde 24, na maioria enfermeiros, fez greve e concentrou-se junto à Autoridade para as Condições de Trabalho em protesto contra a alegada pressão da empresa para renovação dos acordos. Esses acordos, na grande maioria em regime de ‘recibo verde’ ou de contratos a prazo, contemplam uma redução do valor pago por hora, para quatro ou cinco euros/hora líquidos.

Essa medida tinha sido explicada pela administração, num comunicado anteriormente enviado à Lusa, com a necessidade de ajustar a despesa salarial à redução da comparticipação do Estado, que este ano será “70 por cento mais baixo do que o valor inicialmente contratado”.

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