Economia

Emprego no norte supera melhor dos resultados de 1999 a 2016

O emprego na região norte cresceu 3,2 por cento, em termos homólogos, no quarto trimestre de 2017, valor que supera “o melhor dos resultados dos anos de 1999 a 2016”, conclui o relatório Norte Conjuntura hoje divulgado.

“A população empregada residente no norte do país aumentou em 3,2 por cento face ao período homólogo de 2016 (o equivalente a mais cerca de 52 mil pessoas empregadas), depois de no trimestre anterior ter crescido 3,5 por cento, também em termos homólogos”, indica o relatório trimestral que identifica as tendências que marcam a evolução económica, a curto prazo, no território e a que a Lusa teve acesso.

Elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), o documento refere ainda que este resultado, “impulsionado sobretudo pela indústria transformadora”, superou “o melhor dos resultados do período de 1999 a 2016”, apesar de ter sido o menor do ano passado.

O relatório destaca ainda “o contributo do comércio, com mais cerca de nove mil pessoas empregadas do que há um ano (variação homóloga de 3,9 por cento)” e, em sentido contrário, a descida no setor primário, com menos 11 mil pessoas empregadas do que um ano antes (variação homóloga de -10,9 por cento).

Por sub-regiões, o Cávado registou, em termos homólogos, o maior crescimento do número de ativos a descontar para a Segurança Social e a “Área Metropolitana do Porto, dado o seu peso relativo, continua a assegurar um contributo que explica cerca de metade do crescimento observado em toda a região do Norte”.

No quarto trimestre de 2017, a taxa de desemprego na região voltou a cifrar-se em 9,3 por cento (170 mil pessoas), “igualando o valor do trimestre imediatamente anterior e ficando abaixo do registo do trimestre homólogo de 2016 (11,5 por cento)”, e salário médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem cifrou-se em 798 euros, observando, em termos homólogos, um crescimento real de 1,3 por cento.

Também nos últimos três meses do ano, o valor das mercadorias exportadas por empresas com sede no Norte registou “uma aceleração do ritmo de crescimento”, a contrariar com o abrandamento observado nos dois trimestres anteriores.

Esta aceleração, explica a CCDRN, foi motivada pelo comportamento das exportações para a União Europeia, as quais observaram uma variação homóloga nominal de 7,8 por cento (acelerando face ao resultado de 3,4 por cento no trimestre precedente).

Por produtos, o “principal contributo”, em termos homólogos, para este crescimento foi, tal como no trimestre anterior, assegurado pela evolução das exportações do grupo “veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios”, refere o relatório.

“Merecem também destaque os contributos assegurados pelas exportações de instrumentos de precisão (incluindo aparelhos de ótica, de fotografia e cinema, de medida, de controlo e médico-cirúrgicos) e de ferro fundido, ferro e aço”, acrescenta.

O documento analisa, ainda, outros indicadores com comportamento favorável no último trimestre de 2017, nomeadamente, o consumo privado e a atividade turística, com um aumento do número de dormidas e do número de hóspedes.

O número de dormidas cresceu, no Norte, 10,8 por cento em termos homólogos (contra 4,6 por cento no trimestre anterior) e o número de hóspedes aumentou 11,0 por cento (compara com 5,0 por cento no trimestre precedente).

A capacidade de alojamento dos estabelecimentos hoteleiros da região cresceu 4,8 por cento, em termos homólogos (compara com 3,4 por cento no trimestre anterior) e o emprego no ramo de atividade “alojamento, restauração e similares” registou um acréscimo de 3,5 por cento em termos homólogos (em forte desaceleração face aos 29,1 por cento apurados no trimestre precedente).

Já no recurso ao crédito, no final de 2017 o valor total concedido às famílias e às sociedades não financeiras do Norte registava uma variação homóloga de -0,9 por cento (resultado que compara com -1,7 por cento no final do trimestre anterior).

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