Economia

Emprego na construção recua 0,2 por cento em 2018, mas deve aumentar em 2019

O emprego na construção recuou 0,2 por cento para 307 mil trabalhadores em 2018 face ao ano anterior, interrompendo a sequência de três anos de recuperação entre 2015 e 2017, mas deverá aumentar este ano, informou hoje a federação setorial.

Para 2019, “a previsão da FEPICOP [Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas] aponta para um acréscimo no número de trabalhadores do setor da construção, em linha com o esperado aumento do investimento público e do significativo reforço da atividade do segmento da construção de edifícios, nomeadamente da construção nova de edifícios residenciais, que se espera venha a crescer acima dos 9 por cento em termos reais”, lê-se na Análise de Conjuntura da Construção de fevereiro.

De acordo com a federação, também as opiniões expressas pelos empresários (através do Inquérito Mensal à Atividade da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística) sobre a evolução esperada para o emprego nas suas empresas traduziu-se num saldo anual positivo de 1,0 por cento em 2018, o que não se verificava desde o ano 2001, quando o resultado anual havia sido de um crescimento 15 por cento.

Segundo os últimos dados do Inquérito ao Emprego do INE relativos ao quarto trimestre de 2018, o emprego do setor na construção sofreu uma redução no último trimestre do ano (-5,8 por cento em termos homólogos e -3,9 por cento em cadeia), tendo o ano terminado com uma quebra de 0,2 por cento, para 307 mil trabalhadores.

Já a análise dos dados do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) relativos ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego aponta para uma manutenção, até dezembro, da tendência de redução homóloga do número de desempregados oriundos da construção, com uma descida de 26,2 por cento no final do ano.

Esta redução, nota a FEPICOP, aconteceu “com uma intensidade superior” à do número total de desempregados no país, que registou no mesmo mês uma redução homóloga de 15 por cento.

Ainda com base nos dados do IEFP, citados pela federação, o peso do desemprego na construção no desemprego total desceu de 9,8 por cento para 8,5 por cento de dezembro de 2017 para o final de 2018.

No que se refere à produção do setor da construção, o ano 2018 terminou com um aumento de 3,5 por cento da produção global, tendo o segmento de edifícios residenciais subido 7,0 por cento, o de edifícios não residenciais progredido 2,8 por cento e o de engenharia civil evoluído 2,0 por cento.

O valor das obras públicas promovidas recuou 7,3 por cento em termos homólogos no ano passado, enquanto o valor dos contratos de empreitadas de obras públicas (incluindo ajustes diretos) aumentou 2,5 por cento e o consumo de cimento subiu 4,3 por cento.

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