Nas Notícias

“Emprego criado é progressivamente menos precário”, garante Passos Coelho

passos coelho parl No Parlamento, o primeiro-ministro reconheceu que a emigração ajudou a diminuir o desemprego em Portugal e, face ao crescimento “moderado” e “sustentável” da economia, afirmou: “O emprego que tem vindo a ser criado é, no essencial, progressivamente menos precário”.

O crescimento económico e a diminuição do desemprego foram os dois temas que marcaram a intervenção do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no último debate quinzenal de 2014.

Salientando o crescimento “moderado”, mas “sustentável” da economia portuguesa, Passos Coelho foi ao Parlamento garantir que não ignora “que ainda há portugueses que passam sérias dificuldades”, mas manifestou confiança no trabalho feito pelo Governo.

“Creio poder dizer com segurança que nós temos registado um crescimento moderado da nossa economia, mas, no entanto, trata-se de crescimento sustentado”, afirmou o primeiro-ministro.

“Esse crescimento sustentado está apoiado em contas externas positivas” e “também em exportações que mantêm uma tendência de crescimento apesar da adversidade externa”, segundo o governante.

Mas em Portugal ainda existem “problemas sérios com a desigualdade social, que tem de ser corrigida”, reconheceu.

“É matéria que, felizmente, não foi agravada pela crise, mas que temos, de há muitos anos a esta parte, uma assimetria demasiado cavada que tem de ser corrigida e que permanece como risco”, explicou o governante.

Numa resposta a Jerónimo de Sousa, Passos Coelho foi ainda mais longe nesta descrição, citando dados do Eurostat: “A crise podia ter agravado as desigualdades, mas não agravou. Vê-se bem, na distribuição do rendimento, aonde é que a quebra foi mais elevada: foi nos rendimentos mais elevados”.

Outra admissão do primeiro-ministro: “Continuamos a ter uma taxa de desemprego muito elevada”, mesmo que não seja “tão elevada quanto em outros países europeus”.

“O desaceleramento do desemprego tem sido feito à custa de todos os que buscaram outras economias para se empregar e para encontrar, no imediato, alternativa ao que não encontraram no seu país”, acrescentou Passos Coelho.

O outro motivo, segundo o governante, foi a “criação de emprego”.

“O emprego que tem vindo a ser criado é um emprego que, no essencial, é progressivamente menos precário, e portanto, um emprego que não vive de expedientes, é um emprego que tem vindo a corresponder a contratações pelo setor privado e não pelo público”, descreveu.

Em destaque

Subir