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Emissão das eurobonds desagrada a Passos Coelho por não responderem à situação atual

passos_coelhoA emissão de eurobonds esteve em cima da mesa na reunião informal dos líderes das União Europeia, com o primeiro-ministro português a manifestar-se contra esta solução. Para Passos Coelho, as obrigações comunitárias não são “resposta para a situação atual”.

O primeiro-ministro português, Passos Coelho, não quer que a zona euro emita obrigações que mutualizem a dívida, as chamadas eurobonds. “Eu defendi o que tenho defendido em público: creio que os eurobonds não são uma resposta para a situação atual”, considerou o governante, após da reunião informal que ontem à noite teve lugar em Bruxelas, reunindo os chefes de Estado e de Governo da União Europeia.

O encontro tinha por objetivo delinear a estratégia para promover o crescimento económico e o emprego nos 27, na sequência das eleições do novo Presidente francês, François Hollande, que tem assumido uma cada vez maior oposição à política de austeridade promovida pela chanceler alemã. A iminente rutura no diretório franco-alemão, foi, contudo, negada por Passos Coelho, para quem “não há qualquer batalha que vá dividir ou enfraquecer a União Europeia”.

Reconhecendo que a eleição do socialista originou uma “mudança em França”, o primeiro-ministro português destacou a reunião de hoje por procurar um “consenso suficiente” na busca duma solução para a crise: “o objetivo na UE e no Conselho Europeu não é alinhar o pensamento de toda a gente pela mesma bitola. Foi, antes pelo contrário, uma reunião que nos permitiu aproximar a todos”,

Ainda não são conhecidos os resultados concretos do “debate extremamente intenso e frutuoso” realizado em Bruxelas, que chegou a durar seis horas. O encontro teve por finalidade preparar a cimeira de 28 e 29 de junho, da qual devem sair as decisões que proporcionem “um leque muito mais alargado de instrumentos de discussão” que ajudem “o próximo Conselho Europeu a ir mais longe” no combate à crise e ao desemprego.

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