O Partido Populista da Suíça propôs a expulsão automática dos estrangeiros condenados por qualquer tipo de crime, que tanto podia ser homicídio como o furto de um pão. Quase 59 por cento dos suíços rejeitaram a proposta de lei, num dos vários referendos ontem realizados.
A favor da proposta do Partido Populista (SVP, na sigla original, em alemão) votaram 41,8 por cento dos suíços, favoráveis ao endurecimento da moldura penal para os estrangeiros e da automatização do processo de expulsão.
Em dia de referendos, este foi o que mais ‘entusiasmou’ os eleitores, que responderam com uma participação acima dos 60 por cento, a maior registada desde 1992.
Os dados oficiais deram 58,2 por cento dos votos ao ‘Não’ à proposta de lei para a expulsão automática dos criminosos estrangeiros.
Se tivesse passado, um estrangeiro que fosse condenado em tribunal seria automaticamente expulso da Suíça, quer fosse por crimes como homicídio e violação, quer fosse por delitos como pequenos furtos.
Túnel e fiscalidade para casais gays
Num domingo de referendos, os cidadãos suíços pronunciaram-se também sobre a construção de um segundo túnel na região do Gottardo, a fiscalidade dos matrimónios heterossexuais e a especulação alimentar.
Se a construção de um novo túnel no Gottardo foi aprovada, o contrário aconteceu com as iniciativas do Partido Democrático-Cristão (PDC, na sigla original, em francês) para a fiscalidade dos matrimónios heterossexuais e do PS contra a especulação alimentar.
Os referendos fazem parte da vida política suíça, com os cidadãos a votarem até quatro vezes por ano, a nível cantonal ou nacional.
Para serem vinculativas, as propostas têm de ser aprovadas por dupla maioria: de eleitores (a nível nacional) e de cantões.
Em junho realiza-se a próxima ronda de referendos.