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Em outubro de 2013, Passos pediu ao GES para afastar Ricardo Salgado do BES

Os receios de problemas financeiros no Grupo Espírito Santo podem datar de outubro de 2013. De acordo com o Público, foi por essa altura que Passos Coelho pediu que Ricardo Salgado deixasse a liderança do BES, isto para evitar que o passivo do GES contaminasse o banco.

O Governo e o Banco de Portugal (BdP) já sabiam, em outubro do ano passado, que o Grupo Espírito Santo (GES) enfrentava um passivo de 7000 milhões de euros que poderia contaminar o banco controlado pela família, o Banco Espírito Santo (BES). A garantia é avançada hoje pelo Público, que acrescenta uma particularidade: Passos Coelho terá pedido o afastamento de Ricardo Salgado.

De acordo com a reportagem, foi por outubro do ano passado que o governador do BdP, Carlos Costa, aprofundou as reuniões com o primeiro-ministro para abordar os riscos dos problemas do GES contaminarem o BES.

Coincidindo com a altura em que o presidente do BES, Ricardo Salgado, tinha sido chamado ao Ministério Público para retificar o IRS, após o “esquecimento” na declaração de 8,5 milhões de euros, Carlos Costa terá sugerido a Passos Coelho que a melhor solução seria o afastamento do banqueiro.

O primeiro-ministro terá aceite a sugestão, que apresentava um condicionalismo: para afastar qualquer suspeita, teria de ser o próprio Ricardo Salgado a avançar publicamente para a saída do BES.

Ainda segundo o jornal, Passos Coelho escreveu ao Conselho Superior do GES, apresentando a ideia do afastamento de Ricardo Salgado. Contudo, o presidente do BES recebeu um ‘voto de confiança’ da família Espírito Santo.

Falhado o plano, o primeiro-ministro e o governador do BdP terão sugerido que Ricardo Salgado se afastasse, publicamente por vontade própria, em junho, depois do aumento de capital realizado pelo BES.

Só que o banqueiro ficou até julho, o que levou Carlos Costa a acusá-lo de ter autorizado operações à revelia do regulador, complementa a reportagem do Público.

Fica ainda por esclarecer qual e quanta informação que o Presidente da República terá recebido “atempadamente” sobre os casos GES e BES.

Cavaco Silva tem frisado que “o Presidente da República não tem ministérios, não tem serviços de execução de políticas, não tem serviços de fiscalização ou de investigação e, portanto recebe toda a informação das entidades oficiais”, neste caso do Governo e do BdP.

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