A grande tempestade que varre a superfície de Júpiter, batizada ainda no século XIX como “Grande Mancha Vermelha”, está a perder força.
O tamanho tem vindo a encolher-se e, de acordo com as mais recentes imagens obtidas pelo telescópio Hubble, a redução está a ocorrer a uma velocidade de mil quilómetros por ano.
Depois de Samuel Heinrich Schwabe ter visto a tempestade pela primeira vez em 1831, os cálculos apontavam para uma área de tempestade a rondar os 40 mil quilómetros de diâmetro: três vezes a dimensão da Terra.
As imagens mais recentes, ontem divulgadas, mostram que o diâmetro da maior tempestade do sistema solar ronda agora os 16 mil quilómetros.
De permeio, a sonda Voyager estabelecera, durante a passagem junto a Júpiter em 1979 e 1980, um diâmetro de 22.500 quilómetros.
Os cientistas não conseguem avançar com uma explicação concreta quanto ao que está a ocorrer na superfície do planeta, apenas com teorias.
“É visível que redemoinhos minúsculos estão a juntar-se à tempestade. Estes podem ser responsáveis pela mudança acelerada ao alterar a dinâmica interna”, antecipou a astrónoma Amy Simon, do Centro de Voo Espacial Goddard (NASA), em Greenbelt, Maryland (EUA).
De acordo com uma nota da agência espacial norte-americana, a “Grande Mancha Vermelha” deve ser formada por ventos de várias centenas de quilómetros por hora, possuindo a aparência de uma grande esfera vermelha com camadas de amarelo, laranja e branco.
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