Farto dos fãs que lhe pediam a lama do primeiro Rock in Rio, Roberto Medina acedeu. A “lama sagrada” do festival de 1985 vai ser vendida em blocos prensados, pelo preço de 23,5 euros. A “doideira” de há três décadas é agora vendida como lembrança oficial da primeira edição do evento.
Em 1985, o Rio de Janeiro entrou para a história por dois motivos: foi palco de um festival que se tornaria num marco a nível mundial, o Rock in Rio, e de chuvas intensas que deixaram a ‘Cidade do Rock’ num lamaçal.
Na altura, a organização, liderada por Roberto Medina, teve de limpar o recinto com baldes. “Foi uma doideira”, recordou o fundador do festival. A primeira edição do Rock in Rio foi tão memorável que, passados anos e anos, ainda há quem peça a Roberto Medina um bocado de… lama.
Pois a “lama sagrada” de 1985 vai mesmo ser vendida, para gáudio dos fãs mais ansiosos por esta lembrança oficial do primeiro Rock in Rio de sempre, realizado entre 11 e 20 de janeiro desse ano.
“Todo o santo dia encontrava alguém que me pedia a lama”, frisou o fundador do evento, revelando que “a lama sagrada” vai ser comercializada nas lojas oficiais da ‘Cidade do Rock’, em pequenos blocos prensados em placas acrílicas e em quantidades limitadas, tendo um preço base de 100 reais (23,5 euros).
Roberto Medina recusou-se a revelar pormenores sobre o armazenamento e conservação da lama durante estas três décadas, optando por elogiar o atual sistema de drenagem do local.
A imprensa brasileira não tardou a recordar que o conceito data do próprio ano do evento. Já em 1985 havia pessoas (na maioria, arrumadores de carros) que vendiam sacos plásticos com “a legítima lama do Rock in Rio”.