Os pilotos portugueses que participam na última prova do campeonato European Le Mans Series, no próximo fim-de-semana no Autódromo do Estoril, têm abordagens diversas, consoante as ambições de cada um.

Se é verdade que Filipe Albuquerque é o único que pode alcançar um título na pista portuguesa, os restantes pilotos nacionais procuram ter o melhor desempenho possível numa competição completamente diferente daquilo a que estão habituados.

“Gostava muito de ganhar a corria e o campeonato. Seria excelente consegui-lo em casa diante do público português. É verdade que não dependemos exclusivamente de nós, mas tudo é possível”, diz Filipe Albuquerque.

O piloto de Coimbra sabe muito bem o que tem a fazer: “Precisamos fazer a ‘pole’, ganhar a corrida e esperar que os nossos adversários não sejam melhores que terceiro. É uma missão realista e tanto eu como o Simon Dolan e o Harry Tincknell estamos determinados em consegui-los”.

Habituado às corridas de GT com os Nissan GT-R, Miguel Faísca vê esta oportunidade com uma experiência interessante, pois nada se compara ao protótipo LMP2 que vai guiar no Estoril. Isto apesar de outros pilotos do programa GT Academy terem feito esta progressão.

“Não conhelo nem o carro nem o campeonato mas estou apostado em gazer um bom trabalho. Os meus objetivos passam por adaptar-me a esta nova realidade e conseguir gradualmente melhorar a minha performance em pista”, promete o piloto lisboeta.

Mais veteranos, Francisco Guedes e Filipe Barreiros vão partilhar um Ferrari 458 GT3 que tão bem conhecem e de uma equipa que é a referência em termos do GT da marca de Maranello. Além disso os aciliantes são vários, pelo facto de o fazerem frente ao público português.

“Adoro o circuito do Estoril e o convite para me juntar ao Filipe Barreiros foi irrecusável. A minha missão nesta prova passa por ajudar a equipa a conseguir um bom resultado”, afirma Francisco Guedes, que teve a desvantagem de não poder testar o carro previamente como fez o seu companheiro de equipa.

Já para Filipe Barreiros esta será a sua segunda experiência no ELMS, depois de Paul Ricard, estando mais preparado para rodar nos ritmos diferentes das três categorias em competição: “Uma realidade muito diferente daquela a que estava habituado. Sei que vai ser uma corrida difícil, e ao contrário do que seria imaginável não conheço bem o circuito do Estoril, mas já percebi que é bastante técnico e exigente. Quero fazer bons turnos e terminar numa boa posição da classe”.