Motores

Elisabete Jacinto renova aposta com novas cores

elisabetejacintoapresentacao2017-1

Elisabete Jacinto vai abordar a temporada de 2017 com uma imagem renovada e uma aposta renovada nas provas de todo-o-terreno que disputou este ano, mantendo o MAN TGS mas agora com um motor mais potente e outros modificações mecânicas.

A piloto do Montijo passa ostentar as cores de um novo produto (Bio-Ritmo) da Medinfar, trocando a Oleoban que tão bem ‘serviu’ nos últimos anos, mas mantendo o mesmo navegador (José Marques) e o mesmo mecânico (Marco Cochinho) nos bancos do lado.

“Chega ao fim um capítulo, e agora, com as cores de uma marca de suplementos do mesmo patrocinador vou manter a aposta nas provas que me são queridas – a Africa Eco Race, o Libya Rally e o Rali de Marrocos”, começa por nos dizer Elisabete Jacinto.

“Já posso dizer que vamos para as provas para lutar pelas vitórias e pelas primeiras posições, uma vez que com este motor – que foi para a Alemanha e ganhou cerca de 300 cv de potência (são agora 830 cv) – temos outros argumentos para nos bater com os melhores”, assume a piloto ribatejana.

elisabetejacintoapresentacao2017-2

“Resolvemos alguns dos problemas que tivemos, que era a potência, e também, julgo eu, de suspensões, uma vez que agora dispomos de conjuntos Reiger, que tem sido um dos nosso ‘calcanhares de aquiles’. Também foram subidos os depósitos de combustível, permitindo agora ultrapassar os obstáculos das dunas com mais facilidades”, explica Elisabete Jacinto.

Para a piloto montijense o primeiro desafio do ano, o Africa Eco Race, continua a valer pelo desafio: “Adoro Marrocos e na Mauritânia sei que temos um enorme obstáculo a transpor. As dunas são uma enorme dificuldade de transpor se estiver seco, e se chover a vegetação cresce e também se revela um obstáculo”.

Elisabete lembra que andar depressa no começo do rali nem sempre se revela uma opção acertada, num camião que só leva dois pneus sobressalentes (os obrigatórios pelo regulamento): “Fiz isso no ano passado e depois fiquei sem pneus. Cheguei à Mauritânia sem me poder dar ao luxo de furar”.

elisabetejacintoapresentacao2017-3

Cumprindo já um plano avançado de preparação física, a piloto ribatejana explicou-nos algumas das rotinas da sua equipa, revelando que quando termina uma etapa ela é a única que tem múltiplas tarefas.

“Para além de escrever crónicas para um órgão de comunicação social ajudo em tudo o que é preciso, tal como o Jorge (o marido, mais uma vez encarregue da coordenação da equipa). O Marco descansa um pouco porque depois vai trabalhar no camião e o José analisa a etapa e prepara a seguinte”, explica.

Ser uma mulher já não é visto como algo raro nas provas internacionais de todo-o-terreno, como era há uns anos, pelo que quisemos perceber como é ter ao lado um navegador ou uma navegadora, como sucedeu no Rally Aïcha des Gazelles.

“Claro que é diferente mas no essencial não o é. Estou mais habituada a trabalhar com homens mas posso dizer que com mulheres não é pior, é apenas diferente”, responde Elisabete.

Este tema remeteu-nos para o primeiro título de ralis nacionais conseguido por Inês Ponte: “É muito importante o que ela fez em termos de visibilidade, sendo curioso perceber que aprendeu bastante navegando primeiro em provas de todo-o-terreno, que prova que a modalidade é uma boa ‘escola’”, afirma a piloto do Montijo.

Fotos: Jorge Cunha/AIFA

Em destaque

Subir