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Elisabete Jacinto apresenta participação no Africa Eco Race

Tal como sucedeu em anos anteriores Elisabete Jacinto apresentou no Porto o seu projeto para 2018 e a participação na próxima edição do Africa Eco Race, onde continua a ser a única mulher a ‘aventurar-se’ na competição de camiões. Mais uma vez conta com a estrutura própria e com o patrocínio da Bio-Ritmo (Medinfar).

O MAN TGS volta a ser a ‘arma’ escolhida, mantendo-se José Marques como co-piloto e Marco Cochinho como o mecânico a bordo, sendo que o camião sofreu algumas alterações que visam a sua maior competitividade, sendo importante a parceria técnica com a Volkswagen Finance Portugal.

Para a prova que se disputa em janeiro o MAN da equipa Bio-Ritmo sofreu poucas alterações, sendo as mais notórias ao nível das suspensões, o único motivo de reparo por parte de Elisabete Jacinto. Os amortecedores da Raiger e as molas da Hella estão a ser alvo de uma profunda revisão, por forma a melhorar o desempenho do TGS, enquanto as jantes passam ser em alumínio, ganhando-se em termos de pressão dos pneus (nas dunas) e no peso do conjunto.

“Depois do que nos sucedeu no ano passado, em que desistimos ao cabo de duas etapas, quero vingar esse desfecho e obter um bom resultado. Não escondo que quero lutar por posições o mais próximo possível do topo, se possível o pódio, embora saiba que isso é bastante difícil, sobretudo num rali que vai ter mais camiões do que é habitual”, reflete a piloto do Montijo.

Elisabete Jacinto, que depois do Africa Eco Race vai disputar o Morocco Desert Challenge em abril, sente “orgulho por manter o mesmo grupo de trabalho ao longo destes últimos anos, pois isso traduz-se num significativo reforço da eficácia”. Daí a continuidade de José Marques e Marco Cochino a bordo do cockpit do MAN da Bio-Ritmo. “Conhecemo-nos bem e temos claros os nossos objetivos”, refere a piloto, que se estreou no Dakar em 1998 então aos comandos de uma moto.

“Numa prova tão extensa tudo pode acontecer, e por isso espero ter o camião em condições para fazer aquilo que sei e sabemos fazer. Sou muito consistente, pelo que só problemas mecânicos como o que tivemos este ano nos irá travar. Por isso acredito que podemos fazer um trabalho de qualidade para atingirmos o nosso objetivo”, refere ainda Elisabete Jacinto.

Coordenador da equipa Bio-Ritmo, Jorge Gil explicou-nos como é difícil a sua missão: “Queremos mas nem sempre podemos controlar tudo. A minha missão tem um sem número de tarefas que imponderáveis colocam às vezes desafios difíceis de transpor. Procuro perceber o que a organização preveu e aquilo que talvez não tenha feito para que possa contornar esses imponderáveis, que acontecem sempre em provas desta natureza. Diria que estamos muito bem preparados para a fase marroquina do rali, sendo que a passagem pela Mauritânia é sempre um desafio, como o foi para os camiões na edição de 2017. Mas vamos ver o que acontece em janeiro”.

Fotos: AIFA/Jorge Cunha

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