Economia

Eletricidade: Mercado europeu “não é adequado” para cumprir política europeia, diz Catroga

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O presidente do Conselho Geral da EDP deixou várias críticas ao mercado europeu, na revista da empresa. “O atual modelo não é adequado para assegurar o cumprimento dos novos objetivos de política energética definidos para a União Europeia”, alertou Eduardo Catroga, defensor de “uma reforma de fundo”.

A União Europeia tem um mercado de eletricidade que não tem condições para cumprir as orientações políticas da mesma União Europeia. A crítica é de Eduardo Catroga, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, e vem escrita na revista da empresa detida pela China Three Gorges.

“O atual modelo de desenho do mercado europeu de electricidade não é adequado para assegurar o cumprimento dos novos objectivos de política energética definidos para a União Europeia”, escreveu o ex-ministro das Finanças.

Tornar-se então fundamental “adaptar os instrumentos de política a utilizar para servir os objetivos”, reforçou.

De acordo com o homem que lidera o órgão que reúne os principais accionistas da EDP, é preciso “uma reforma de mundo” para que o mercado europeu possa corresponder aos desígnios políticos europeus.

“A adequação entre objetivos e políticas para os atingir é uma questão crucial na política energética europeia. Torna-se indispensável, a nível europeu, reflectir sob uma reforma de fundo do mercado grossista de eletricidade”, argumentou.

Sobre a própria empresa, Catroga salientou que “tem dado, e vai continuar a dar, o seu contributo com propostas realistas e inovadoras”.

A mensagem foi reforçada pelo presidente da comissão executiva. António Mexia prometeu uma EDP ativa no debate europeu sobre o setor, em especial quanto ao “modelo de governo, bem como na preparação da Convenção de Paris, que irá debater as alterações climatéricas e os compromissos exigidos a cada país”.

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