Eleições vão dominar Guiné-Bissau até ao final do ano e início do próximo

As eleições legislativas na Guiné-Bissau, previstas para 18 de novembro, vão marcar a atualidade política e social do país até ao final do ano, bem como o início de 2019, ano da realização das presidenciais.

Depois de três anos de uma crise política, que praticamente paralisou o país, a nomeação de um Governo com um primeiro-ministro, Aristides Gomes, de consenso, acalmou a tensão política no país.

O Governo de Aristides Gomes foi nomeado com o principal objetivo de organizar as eleições legislativas, que o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, marcou para 18 de novembro, depois de ter ouvido todos os partidos políticos.

Os obstáculos à realização do escrutínio na data prevista não tardaram, com atrasos na entrega de ‘kits’ para registo biométrico dos eleitores e da ajuda financeira internacional.

Aristides Gomes lançou oficialmente o recenseamento eleitoral a 23 de agosto, mas na realidade os eleitores ainda não estão a ser registados por falta dos ‘kits’ e o início efetivo do recenseamento é uma incerteza.

Os ‘kits’ encomendados pelo PNUD só chegam em outubro e os 300 garantidos pela Nigéria, tiveram que ser pedidos à China, e ainda não chegaram ao país.

Os atrasos podem pôr em risco a data das eleições, que poderão ser adiadas, e vários partidos têm alertado para aquele facto com acusações contra o Governo, apesar de o primeiro-ministro continuar a garantir que a data das eleições é a 18 de novembro.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) também manifestou recentemente a sua preocupação.

Numa conferência de imprensa, a CNE afirmou precisar de dinheiro para por em funcionamento as comissões regionais de eleições e adquirir os meios logísticos indispensáveis para supervisionar o recenseamento eleitoral. Caso contrário, a data de 18 de novembro para a realização de legislativas pode estar comprometida.

A comunidade internacional prometeu um apoio de mais de sete milhões de dólares (5,9 milhões de euros) para o ciclo eleitoral de 2018-2019, mas os fundos estão atrasados.

Segundo dados a que a Lusa teve acesso, o apoio é distribuído pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, União Europeia, Itália, Japão, União Económica Monetária da África Ocidental e o Programa da ONU de Apoio ao Desenvolvimento. Os Estados Unidos também deverão dar um apoio financeiro.

O apoio de Portugal vai rondar o valor de um milhão de euros e inclui a produção e transporte dos boletins de voto.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Euro Dreams resultados de hoje: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

2 de maio, morre Leonardo da Vinci, o maior génio da História

Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…

há % dias

Ciberataques ao setor financeiro aumentaram 53% devido ao aumento dos serviços bancários online

O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…

há % dias

Números do Euromilhões de hoje: Chave de terça-feira, 30 de abril de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…

há % dias

Pilates na Ortopedia

Joana Bento Rodrigues - Ortopedista /Membro da Direção da SPOT A modalidade de Pilates foi…

há % dias

As 4 principais falhas éticas dos líderes que mais prejudicam os trabalhadores

A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial Quando os…

há % dias