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Eleições locais no Reino Unido vão ser teste para partidos Conservador e Trabalhista

As eleições locais de 02 de maio no Reino Unido vão ser um teste ao partido Conservador, mas também ao partido Trabalhista, devido ao atual impasse com o processo do Brexit, considerou hoje o politólogo Tony Travers.

“As expectativas são modestas para o partido Trabalhista, mas também não são boas para os conservadores”, afirmou hoje o politólogo Tony Travers, académico especialista em poder local na universidade London School of Economics.

Este ano as eleições realizam-se para um terço dos vereadores em 33 municípios metropolitanos, 47 autarquias urbanas e 179 municípios rurais em Inglaterra e a totalidade dos vereadores de 11 municípios da Irlanda do Norte.

Ao todo, vão a votos cerca de 8.300 lugares e também de cinco ‘Mayor’, em Bedford, Copeland, Leicester, Mansfield, Middlesborough e North of Tyne, a área de Newcastle.

Metade destes eleitos pertencem atualmente ao partido Conservador da primeira-ministra britânica, Theresa May, cuja popularidade tem vindo a cair nas sondagens devido à incapacidade fazer o Reino Unido sair da União Europeia (UE).

Porém, Travers acredita que a insatisfação com o processo do Brexit vai afetar os dois principais partidos políticos britânicos, beneficiando os Liberais Democratas e possivelmente os eurocéticos UKIP e Partido do Brexit, liderado por Nigel farage, antigo líder do UKIP.

“O resultado mais provável são perdas para os grandes partidos, especialmente o Conservador, mas os impactos vão ser diferentes em diferentes regiões, sobretudo nas Midlands (centro) e norte de Inglaterra”, vincou, num encontro com jornalistas.

Nas eleições locais do ano passado em Inglaterra, o partido Trabalhista elegeu mais 79 autarcas, o Conservador perdeu 35, porém, em termos de percentagem, o resultado num empate de 35 por cento em termos do número de votos.

Os Liberais Democratas ganharam 75, os Verdes oito mas o UKIP perdeu 123, segurando apenas três.

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