Passos Coelho, presidente do PSD, foi ontem à noite na Amadora para a apresentação da candidatura de Carlos Silva à Câmara local. O desgaste de exercer o cargo de primeiro-ministro quando Portugal enfrenta uma espiral recessiva não diminui a confiança do político, que garantiu não ter “medo” dos resultados eleitorais a averbar pelos sociais-democratas enquanto forem Governo.
“Nós não criamos compartimentos estanques na política. Eu não tenho medo dessas coisas. Eu não tenho medo do resultado das autárquicas. Eu não tenho medo do resultado das europeias. Eu não tenho medo dos portugueses nem do seu julgamento”, garantiu Passos Coelho.
Dentro do próprio PSD há setores que estão apreensivos com o ajustamento, “a transformação nacional que está a ocorrer e a transformação local que a deve acompanhar”, como sintetizou o líder ‘laranja’. “As eleições são distintas, mas todas as coisas estão interligadas”, reconheceu Passos Coelho, insistindo que o partido coloca “o interesse do país em primeiro lugar”.
“Nós temos de ser gente que diz o que quer e o que faz. Eu tenho muito orgulho do trabalho que estou a fazer, com uma equipa de gente que pôs os interesses do país à frente dos seus próprios. Não faremos tudo bem, mas fazemos tudo o que podemos pelo nosso país”, precisou.
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