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El País traça comparação entre incêndios de Portugal e da Galiza

O El País traçou uma comparação entre os incêndios que tomaram conta de Portugal e da Galiza no último domingo, tendo em conta fatores como a profissionalização dos bombeiros, o investimento realizado ou as próprias políticas. Em Portugal, no total dos incêndios, morreram mais de 100 pessoas e arderam cerca de 150 mil hectares de área; na Galiza, o número de mortes é de quatro, tendo ardido uma área correspondente a 35 500 hectares.

Segundo a publicação do El País, as principais diferenças entre os incêndios prendem-se com os valores investidos na prevenção, nas políticas e na profissionalização dos bombeiros.

Portugal apresenta uma taxa de floresta como propriedade privada das maiores da Europa, com 85 por centro, face aos valores de 70 por cento em Espanha, 66 em Itália e de apenas 22 por cento na Grécia.

O número de bombeiros profissionais entre os dois países é também um fator importante na comparação do El País, já que Portugal conta apena com dois mil bombeiros profissionais, face aos 20 mil existentes em Espanha.

Paulo Fernandes, engenheiro florestal português contou ao El País que “Portugal combate os incêndios com bombeiros voluntários; Espanha com profissionalismo e conhecimento”.

Esse número foi refletido no passado domingo, dia que marcou Portugal e a Galiza pelos acontecimentos trágicos causados pelas chamas. Apesar do combate ter sido feito pelo mesmo número de operacionais no terreno – cerca de cinco mil – em Espanha esse combate foi realizado por militares e bombeiros profissionais, enquanto em Portugal a grande maioria dos operacionais eram bombeiros voluntários.

Paulo Fernandes comenta também a diferença de orçamentos para as florestas entre os dois países.

“Na Galiza, dois terços do orçamento destina-se à prevenção [dos fogos] e apenas um terço ao combate. Em Portugal ao contrário”, explica o especialista, que acrescenta ainda que “apenas cinco por cento do orçamento da floresta é para os trabalhos de prevenção, como limpeza das florestas ou criação de contra-fogos, cerca de 15 por cento é para vigilância e o resto para o combate”, conclui.

De salientar que Portugal investe 100 milhões de euros na extinção de incêndios, ao passo que Espanha investe dois mil milhões.

Redação

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