O Presidente Mohamed Morsi está a ser contestado pelos egípcios, que prometem encher hoje a praça Tahrir, um dos símbolos da ‘primavera Árabe’ que fez cair Mubarak e elevar Morsi a chefe de Estado. Ao invés, as manifestações de apoio foram canceladas.

De herói do Médio Oriente a ‘faraó’ vilão: a praça Tahrir, no Cairo, vai encher hoje como contestação ao Presidente Mohamed Morsi. O chefe de Estado, elogiado pela mediação do conflito em Gaza, quer aprovar uma legislação que lhe garanta plenos poderes, o que levou os egípcios a contestarem o ‘regresso dos faraós’.

A oposição convocou várias ações de protesto para hoje, todas agendadas para a praça Tahrir, símbolo da ‘primavera Árabe’ desde a queda de Mubarak. Trata-se do mesmo local onde as ações de protesto contra o Presidente, realizadas sexta-feira, terminaram em confrontos com apoiantes de Morsi, dos quais resultaram um morto e quase 500 feridos.

Devido a esses incidentes, as manifestações de apoio que a Irmandade Muçulmana (o partido do Presidente) convocara para hoje foram canceladas.