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Educação: cortes no superior vão exceder “umas décimas” os 3,2% acordados em julho

nuno cratoO Ministério da Educação vai falhar o compromisso (de julho) de limitar os cortes no financiamento do ensino superior a 3,2 por cento. Serão “umas décimas”, referiu o ministro Nuno Crato, recusando-se a dizer o valor concreto.

O Ministério da Educação e Ciência assumira com o ensino superior, em julho, o compromisso de limitar os cortes no financiamento a um máximo de 3,2 por cento. Hoje, em Famalicão, o ministro Nuno Crato adiantou que não vai conseguir manter esse acordo, pois os cortes ficarão “umas décimas” acima do previsto. “Não queria precisar ainda o valor”, acrescentou.

Ficou, porém, a garantia de que albumas verbas – umas do Ministério da Educação, outras do das Finanças – serão “reafetadas” para “suprir em grande parte as dificuldades acrescidas que as universidades tiveram pelo facto da sua contribuição para a Caixa Geral de Aposentações ter subido e da reposição do subsídio não ter sido completa”, como se têm queixado os reitores.

Nuno Crato voltou ainda a explicar o processo de “racionalização” da rede nacional de ensino superior, justificando que “não faz sentido ter um curso num determinado local com dez estudantes e a dez quilómetros ter outro curso também com outros 10”, sobretudo quando a duplicação da oferta “não é pedagogicamente  aconselhável”.

A presença do ministro em Famalicão teve por base um seminário sobre Camilo Castelo Branco, um autor que deve ser reintegrado nos programas escolares, como apelou o autarca local, Armindo Costa .

“Camilo já é estudado, por opção, na cadeira de literatura portuguesa, mas é recomendado para o geral e, como estamos a fazer as metas para o secundário, essa vai ser uma oportunidade para reintroduzir Camilo como um escritor maior e a ser estudado por todos os alunos na escolaridade obrigatória”, assegurou Nuno Crato.

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