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EDP paga a universidade para nomear ex-ministro Manuel Pinho como professor

Uma universidade dos EUA pediu um patrocínio à EDP, sendo parte da verba destinada a pagar um professor. O reitor sugeriu o nome de Manuel Pinho, acabado de sair do Governo. A EDP pagou.

O email, de 2 de dezembro de 2009, é agora revelado pela Visão, no âmbito da investigação às rendas excessivas da EDP, nomeadamente os benefícios ilícitos obtidos através da revisão dos contratos CMEC.

John Coatsworth, reitor da Universidade de Columbia, pediu a António Mexia um patrocínio para “pagar o salário de um professor convidado” e sugere o nome de Manuel Pinho como “o mais bem posicionado para ocupar essa posição”.

O ex-ministro da Economia e da Inovação, que tinha acabado de sair do Governo de José Sócrates na sequência da cena dos corninhos no Parlamento, foi dar aulas para a Universidade de Columbia em setembro de 2010, depois da EDP ter feito um primeiro pagamento (de 300 mil dólares) como o reitor recomendara.

Manuel Pinho nega envolvimento

No momento das buscas às sedes da EDP e da REN, Manuel Pinho negou qualquer envolvimento em eventuais crimes de favorecimento à EDP.

“Nunca fui favorecido pela EDP e sempre tive o cuidado de nunca me envolver profissionalmente com a empresa”, escreveu o ex-ministro, num texto publicado pelo Público: “Para que fique absolutamente claro, a EDP também nunca me pagou, a mim e à minha família, viagens a grandes cidades, estadas em hotéis de 5 estrelas e avenças, nem deu emprego aos meus filhos”.

Manuel Pinho foi constituído arguido a 3 de julho.

A EDP doou, nas contas do Ministério Público, 1,2 milhões de dólares à Universidade de Columbia para, entre outros benefícios, colocar o ex-ministro como professor, no entender do procurador que conduz o processo, Carlos Casimiro Nunes.

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