Economia

EDP: Moreira da Silva “em diálogo” com a China Three Gorges para explicar a nova taxa

edp logoeletricidade600A contribuição extraordinária que o Governo quer implementar às empresas do setor energético vai ser explicada à China Three Gorges pelo ministro do Ambiente. Moreira da Silva garante que “esta semana” vai reunir com o acionista maioritário da EDP.

A contribuição extraordinária que o Governo quer implementar às empresas do setor energético pode colocar em causa o investimento estrangeiro, como é o caso da China Three Gorges, a acionista maioritária da EDP. O gigante chinês já criticou a taxa prevista no Orçamento de Estado de 2014 e com isso ‘ganhou’ uma reunião com o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.

“Tem havido contactos diretos e ainda esta semana estarei reunido com eles”, garantiu o governante, à margem da conferência da APREN – Associação de Energias Renováveis (a decorrer no Estoril), quando instado  a comentar a carta em que a China Three Gorges contestou publicamente a contribuição extraordinária.

Nesse encontro, Moreira da Silva vai explicar ao gigante chinês, dono de 21 por cento do capital da EDP e das empresas do grupo, a necessidade da taxa e garantir que a aplicação da mesma não terá reflexos junto do consumidor final, como têm ameaçado as produtoras de eletricidade.

“O Governo teve o cuidado de assegurar que não é repercutível esta medida de contribuição extraordinária para os consumidores”, insistiu o ministro, salientando o “compromisso firme” no plano das energias renováveis que segue a “bom ritmo” para atingir a quota de 31 por cento até 2020: “esta meta está mais próxima de ser atingida do que a de eficiência energética que, essa sim, é merecedora de maior preocupação”.

Nas contas da proposta de Orçamento de Estado para 2014, a contribuição extraordinária das empresas do setor energético – que começara apenas sobre o setor eletroprodutor – vai permitir uma receita de 150 milhões de euros.

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