Embora Portugal esteja a ganhar competitividade no que diz respeito aos custos unitários do trabalho, que têm vindo a cair, estes continuam a ser mais elevados do que na média da zona euro. Esta disparidade quadruplicou desde 2009.
De acordo com o Banco de Portugal, no primeiro trimestre os custos unitários do trabalho, no total da economia, foram superiores em 10 por cento relativamente à média do conjunto dos países da moeda única. Em 2009, a divergência era apenas de 2,6 por cento.
O custo de cada trabalhador em Portugal registou, desde o final de 2009, uma queda acumulada de 5,6 por cento – valor que, no entanto, é inferior à média da zona euro: 12,8 por cento.
Apesar de tudo, Bruxelas prevê que os cortes salariais e o aumento do desemprego façam com que o custo unitário do trabalho em Portugal sofra a maior queda desde 1962.
