A boa notícia para o mundo é que a economia da China continua a crescer; a má é que está a estar a crescer ao ritmo mais lento dos últimos sete anos. O gigante asiático surpreendeu os analistas que temiam o arrefecimento com uma estabilização do PIB no primeiro trimestre do ano.
Depois do abrandamento registado em 2015, os analistas temiam que a segunda maior economia do mundo deixasse de crescer, o que teria consequências catastróficas para os mercados. Mas a China surpreendeu e, ao longo do primeiro trimestre deste ano, continuou a crescer.
Há que salientar que esse crescimento, apesar de ter sido o mais baixo nos últimos sete anos (só 6,7 por cento, bem longe dos dois dígitos de anos recentes), confirmou as projeções do Governo chinês, que aponta para uma valorização em 2016 entre 6,5 e sete por cento.
Os “sinais positivos nos principais indicadores”, como descreveu o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, torna mais sustentáveis as estimativas de “um desenvolvimento equilibrado” da segunda maior economia mundial.
“Devemos estar cientes de que atravessamos um momento crítico na transformação e melhoria” da estrutura industrial, “assim como na substituição de velhos motores de crescimento por novos”, referia ainda o comunicado do GNE, admitindo que “as dificuldades do ajustamento estrutural persistem e a pressão descendente na economia não pode ser ignorada”.